segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

OS GRANDES DESAFIOS DA INTERIORIDADE

É hábito falarmos muito em política, também é comum analisarmos questões quotidianas que se prendem com os obstáculos do nosso dia a dia, um dia a dia cada vez mais difícil de ser gerido, devido, também e em parte, à fragilidade política do nosso país, decorrente da sua história e que ainda hoje se vai notando. Contudo, agora estamos melhor e temos de admitir que os relatos que por vezes ouvimos dos nossos pais acerca do tempo de antigamente são duros de perceber e de algum modo tristes. Essa tristeza, resulta em boa verdade, das políticas fechadas do antigo regime e do modo como o nosso país foi conduzido/tem vindo a ser conduzido desde então para cá. Agora há novos desafios a serem lançados e creio mesmo que no contexto alentejano as oportunidades para o desenvolvimento de alguns municípios estão a vir ao de cima, mas para outros, estão a esgotar-se, esta será a última oportunidade para os concelhos da região Alentejo se afirmarem em definitivo não apenas no seio da região mas também a nível nacional e acima de tudo internacional (as portas estão abertas...). As políticas que cada município emprega, serão assim determinantes para o desenvolvimento do seu concelho, por isso, os habitantes devem pensar muito bem no modo como pretendem que o seu território se desenvolva. Algumas interrogações pairam num Concelho a 34 Km de Évora, falo-vos do Redondo... Este é um caso típico de insucesso e falha de claras oportunidades, é triste ler algumas notícias que apontam como principal política camarária o investimento numa praça de touros degradada, ou seja, o município vai gastar "rios"de dinheiro no restauro de um património que só serve os interesses de algumas pessoas, quando, o município necessita de investir na atracção de capitais? Quando os habitantes necessitam de ser estimulados a criarem o seu próprio emprego? Quando os vínculos laborais da autarquia são vinculados ao voto? Quando os jovens se sentem frustrados pelo facto de não haver alternativas para se fixarem junto das suas raízes? Quando os jovens vão a outros concelhos alentejanos e se sentem "envergonhados" comparativamente com o seu...?
O facto de se investir no recinto tauromáquico no sentido de o restaurar não é negativo, o que é incompreensível são os valores envolvidos e o tipo de obra que se pretende fazer face a outras que foram feitas nos últimos anos? Será que esse investimento para os habitantes deste concelho é prioritário? A troca de favores neste âmbito entre a autarquia e a Santa Casa da Misericórdia favorece o concelho em quê?

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